A rosa estava em chamas, mas ela não se consumia. Para Dália, isto era tão estranho quanto um romance de verão, coisa que, segundo ela, jamais aconteceria. Em meio ao som crepitante da chama que incendiava a bela rosa, uma voz parecia ecoar do meio daquela chama crepitante. Dália aproximou-se um pouco mais para ver se tentava escutar alguma coisa. Uma voz distante, porém, esclarecida. Era a voz de sua mãe, Amélia. Juntamente com o som da voz de sua mãe, o som de sinos e asas de de pássaros davam para ser percebidos. Dália estava sentiu uma sensação mista, uma espécie de alegria misturada com saudade. De fato, já fazia muito tempo que sua mãe partira. O vermelho da rosa lembrou-lhe o batom que sua mãe sempre gostava de usar. A única coisa que Dália não conseguia compreender, era o porquê de a rosa estar em chamas.

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