Consciência


     De acordo com a etimologia, a palavra consciência vem do termo latino conscientia, que significa estar ciente. Agora vamos para a psicanálise. O aparelho psíquico foi dividido por Freud em três partes distintas: o consciente, o inconsciente e o pré-consciente. Freud definiu o estado de consciência como um nível da mente humana em que estamos cientes da realidade exterior e processamos os pensamentos de forma racional. Na psicanálise, a instância mental do consciente é que nos permite identificar aquilo que existe no mundo real. Trata-se do que conseguimos apreender na realidade física, no aqui e no agora. É pela via do consciente que conseguimos pensar, sentir e agir racionalmente. O consciente revela-se como uma parte da nossa mente que nos conecta com a realidade. Provavelmente você já deve ter pensado o que isso tem a ver com a temática do texto. 

    Deixando os exemplos da Bíblia de lado, por enquanto, talvez você conheça alguém que cometeu suicídio ou começou a se mutilar por causa de sua consciência pesada. A primeira pessoa a se apresentar neste barco sou eu. Cometi muitos erros graves durante minha infância e adolescência. Xinguei minha mãe, gritei com meu pai, machuquei e magoei algumas pessoas que ficavam ao meu redor. Houve um tempo em que todos os meus erros me visitavam, e eu ficava perturbado, sempre me perguntando: “Será que Deus me perdoou? Porque não consigo me livrar deste peso?”. Deus sabe quantas noites eu fiquei sem sono. Mas algumas coisas exigem de nós uma atitude. Foi então que eu decidi estudar mais a fundo a Bíblia e colocá-la em prática. Lembrando que eu não estou tentando impor nenhuma ideologia a você, meu caro leitor. Acredite se quiser. E assim meu coração encontrou a verdadeira paz. Quando eu realmente entendi que sou mau por natureza, e que todos os dias eu necessito da graça e da misericórdia d’Ele.  Obviamente eu não pretendo fazer disso um pretexto para ficar cometendo coisas erradas, pois a lei da semeadura é válida para todos. 

    Em meio a tudo isso você se pergunta: “Por que é tão importante assim viver com a consciência limpa?”. A nossa natureza humana nos traz uma falsa sensação de segurança, afinal de contas, “ninguém” está vendo. Mesmo que você não concorde comigo sobre a existência de Deus eu quero que você compreenda da seguinte maneira. Uma pessoa que não tem um hábito de fumar vai morrer, da mesma forma que uma pessoa que não tem o mesmo hábito também irá. Mas a pergunta que não quer calar: Qual dos dois está mais propenso a morrer? Você pode até argumentar dizendo que depende da saúde de cada dos dois. Isso é verdade. Porém, enquanto a pessoa estiver contribuindo para a sua autodestruição ela estará sujeita a se sentir culpada pelo resto da vida. Culpada pelo quê? Culpa por não ter se cuidado como deveria. Culpada por ter se permitido escravizar por coisas negativas. Culpada por ter se limitado a um padrão de vida fadado ao sofrimento. Agora vamos recorrer à Bíblia. Temos vários exemplos, tais como: Judas Iscariotes, Sansão, Davi e outros personagens bíblicos. No livro de Salmos, no capítulo de número 32, versículo 3 ao 5, o autor do salmo diz o seguinte:

    “Enquanto eu me calei, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado e a minha maldade não encobri; dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado”.

Com isto, aprendemos que todos nós precisamos do perdão divino. Eu só pude chegar a este ponto entendendo que eu sou um vilão perverso com sentimentos e intenções obscuras. Acompanhe o raciocínio comigo. Se Davi, que de acordo com a Bíblia, era um homem segundo o coração de Deus, caiu, o que dizer de mim e de você? A verdade é que estamos sujeitos à queda todos os dias. Por isso que o apóstolo Paulo fala em 1 Coríntios 10:12v: “Aquele, pois, que pensa estar de pé, cuide para que que não caia”. Você aceita um convite para juntos confessarmos os nossos pecados a Deus e vivermos uma vida correta?


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