No momento em que a última página da vida se aproxima, você finalmente percebe que o mundo nunca caberá na palma de suas mãos, e que a chuva nem sempre vem para nos submergir. Com o tempo, você acaba compreendendo a matemática das tempestades que ameaçam o seu barco, deixando-o vulnerável a naufragar, mesmo assim, você pode abandoná-lo e sair nadando. Você entende que o sol está disposto a abraçar a todos, embora a maioria das pessoas mantenha as janelas fechadas. O mundo te ensina que a mão que te tira de um buraco pode ser a mesma que te empurra de um precipício. Você será lembrado por aqueles que te amam, mas continuará sendo apenas um lembrança na vida daqueles que te amaram, e que amar pode até ser uma escolha extremamente dolorosa, mas não faz de você alguém superior aos outros. Talvez você nunca tenha contado as estrelas, mas teve na vida o privilégio de contemplá-las. Algum dia a vida lhe dirá que as vaidades são flores passageiras, e que o relógio nem sempre é um bom companheiro. Os pássaros continuarão a cantar, os peixes se multiplicarão, mas a humanidade não tem garantia de vida prolongada. Apenas você sabe que a vida é um tabuleiro de xadrez, e que o resultado às vezes pode ser bom, ou ruim. Então aproveite o dia e procure não se preocupar tanto assim com o fim, e sim com a trajetória da caminhada.

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