O Mundo é um Tabuleiro de Xadrez

     

    Quando nascemos, precisamos dos cuidados de nossos genitores, ou seja, dos nossos pais. Conforme vamos avançando em idade, nossas vidas vão ganhando os moldes de acordo com o que vamos construir para o futuro. Eu sei que provavelmente você deve estar se perguntando: Mas o que isso tem a ver com título do texto? Bem! Para princípio de conversa, nós aprendemos que o tabuleiro simboliza o mundo ou a própria vida que nós recebemos como presente. Para algumas pessoas, a vida é uma dádiva, para outros ela é um fardo. Tendo este princípio como modelo de pensamento, assim como o tabuleiro de xadrez é delimitado, nossas vidas também o são. O limite de casas existentes no tabuleiro é tão compreensível quanto o limite de anos que vivemos.

Também podemos considerar outros pontos de vista em relação ao mesmo. O tabuleiro possui 64 casas. A maioria de nós só possui uma. Os privilegiados ou então os que possuem uma alta renda possuem mais de uma casa, e outros, infelizmente, não possuem nenhuma. Outro ponto interessante de se refletir é que o tabuleiro também trabalha com a lateralidade, pois se observarmos bem, existem 8 colunas verticais e 8 linhas horizontais. Com isto, aprendemos que na vida podemos olhar para todas as direções possíveis, isso vai depender das circunstâncias pelas quais estamos passando. Com isto, podemos ter uma outra compreensão. A compreensão de que nós como seres humanos, precisamos de um norteamento.

Acompanhando tal raciocínio, podemos considerar outro modelo de interpretação. No tabuleiro de xadrez, cada peça tem o seu devido lugar.  Entendemos com isto que no mundo, cada ser humano em sua devida particularidade precisa do seu próprio espaço. Também existe a possibilidade de locomoção ou de movimentação no tabuleiro. Na vida não é diferente, pois no atual século em que vivemos onde as pessoas estão sempre de lá para cá, precisamos nos locomover e sair de nossas zonas de conforto a cada dia, pois o próprio mundo requer isto de nós. Em relação às peças do tabuleiro, vemos que cada uma delas é diferente no que se refere a cor, ao tamanho e à sua função. No nosso mundo, cada pessoa possui a sua própria cor, identidade, função e importância sobre a vida, e certamente é preciso respeitar isto.

Uma partida de xadrez é composta por dois jogadores. Tomando este exemplo como simbologia, podemos considerar que estamos constantemente jogando xadrez contra a vida, pois qualquer um sabe que jogar xadrez com a morte pode ser considerado uma batalha perdida. De um lado estamos nós, tentando acertar os movimentos e fazendo o possível para não tomarmos um xeque-mate ou perder as nossas peças. Do outro lado está a vida, com suas jogadas espertas, traçando armadilhas de jogo para nos pegar de surpresa.

Outro ponto que podemos aceitar, é que, uma partida de xadrez se divide em três momentos: abertura, meio-jogo e lances finais. Da mesma maneira, a vida se divide em três momentos: infância, adolescência e fase adulta. Na abertura, que simboliza a infância, estamos fazendo os nossos primeiros movimentos, ou seja, dando os nossos primeiros passos. Aprendendo, tentando, caindo e nos levantando. No meio-jogo, que simboliza a adolescência, estamos colocando em prática o pouco que aprendemos durante nossa infância. Nossas jogadas ainda estão sendo desenvolvidas com o mesmo propósito: o propósito de ganhar vantagens sobre o jogo e, quem sabe, ganhar a partida. E por fim, nos lances finais, que por sua vez simbolizam o final da vida, estamos nos preparando para o abate final, sabendo que um dos dois sairá vitorioso: ou a vida, ou a gente.

    Podemos, então, concluir que a vida não é nada diferente de um tabuleiro de xadrez. Você só pode jogar com as peças que você tem. Mas é preciso também respeitar as regras, pois uma vida sem regras pode levar qualquer ser humano à falência. Que tal? Vamos jogar xadrez? 


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